Pode vir alguma coisa boa de um filme sem cenário? O que pensar de um longa metragem sem casas, paredes ou árvores? Seria surpreendente ver atores atuando sobre uma planta baixa? Assim é DogVille.
O “cenário” é uma planta baixa
A película narra a história de uma pequena cidade, que teve sua rotina de vida perturbada pela visita de uma fugitiva chamada Grace, filha de um gângster, representada por Nicole Kidman. A jovem encanta-se com a cidade e resolve ficar, dispondo-se a ajudar na prestação de serviços; cuidando de crianças, plantando, colhendo maçãs, aconselhando, etc.
Aspectos de uma peça de teatro
Tudo parecia maravilhoso até descobrirem que a moça era perseguida pela polícia. Após este fato, os habitantes, confusos, mudaram o proceder para com Grace, explorando-a nos serviços e caluniando-a freqüentemente. É neste ponto que DogVille começa a ficar interessante, pois se começa a notar que Grace, uma adorável garota, é um tipo de Jesus Cristo.
A Linda Nicole Kidman em um dos seus papéis mais marcantes na minha opinião
A moça, ao agir sempre com misericórdia e servidão, desperta o que há de mais pérfido no ser humano: exploração, inveja, desejo carnal, jactância, mentiras, não reconhecimento, entre outras características repugnantes. Não há como assistir a “Cidade dos Cachorros” sem se identificar em pelo menos um dos personagens. O diretor consegue satisfatoriamente mostrar que nossa natureza iníqua é incapaz de comungar com o que é puro, reagindo à beleza com violência, oriunda do ego desesperado em subsistir.
Dogville recebeu bastante reconhecimento internacional
O desfecho, que por razões óbvias não será relatado aqui, é ótimo. Explica o por quê de toda a trama e a razão da ausência de cenários. Excelente!
Direção: Lars von Trier
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Esse filme é simplemente maravilhoso, Expressivo e cru ao extremo.
ResponderExcluirMesmo sendo um filme longo as 2 horas e cacetadas passam voando!
Recomendo a todos os amantes de um bom filme!