Depois das emoções proporcionadas pelo Mega Drive, hoje vou contar prá vocês como foi minha experiência com o Super Nintendo. Confiram!
Capítulo 5: Super Nintendo
Mais uma vez, por limitações financeiras, aos 16 anos tive que baixar a bola e comprar um Super Nintendo, ao invés de um NEOGEO AES. Meu pai tinha me prometido o hardware da SNK, mas a aposentadoria dele não foi tão farta quanto imaginávamos e pelos cálculos que fizemos, a compra de cartuchos novos seria rara, pois os jogos desta plataforma custavam 200 dólares mais ou menos; uma facada, tendo em vista a forte valorização da moeda americana na década de 90!
Seguindo o ditado de “quem não tem cão caça com gato”, optei pelo SNES mesmo, que apesar de não ser tão potente quanto o NEOGEO, possuía uma vasta e boa biblioteca de jogos.
O aparelho não me era desconhecido, pois meu amigo (o mesmo do capítulo 2), já tinha um. Porém, mesmo assim, acabei experimentando excelentes franquias além daquelas que já estávamos acostumados.
O que mais me agradava neste console da BigN eram os efeitos de zoom e rotação, ausentes no Mega Drive e o mode 7, que nem o NEOGEO produzia! F-Zero foi o primeiro título de corrida que utilizou o mode 7, sendo possível girar o cenário em 360 graus, foi impactante ver algo assim na época. Às vezes os carros escorregavam e paravam na contra mão, possibilidade que não existia até então nos títulos de corrida que simulavam o 3D. O primeiro zoom que vi foi quando este amigo alugou Ghouls'n Ghosts em seu Super Famicom transcodificado; meu coração pulava da boca toda vez que o chefe do segundo nível vinha em direção da tela.
F-Zero e seu espetacular efeito mode 7
Super Ghouls'n Ghosts: este chefe fazia um zoom nunca antes visto
O SNES introduziu a tecnologia dos polígonos de forma competente aos consoles domésticos, onde efeitos tridimensionais poderiam ser produzidos através de um chip gráfico, conhecido como Super FX. Baseado neste processador, a Nintendo lançou o antológico Star Fox, seu primeiro game poligonal que viria a influenciar, juntamente com os ARCADES da SEGA e da Namco, as gerações vindouras. Fechei Star Fox em todos os níveis, o jogo era lazarento de difícil, mas eu adorava tanto o cartucho que jogava várias vezes ao dia (saudades deste tempo que não se tinha nada prá fazer, rs).
Star Fox usava o chip Super FX para fazer efeitos 3D inéditos nos consoles
Esta máquina também se destacou pela exclusividade temporária de Street Fighter 2, a febre da década de 90. Eu e meus amigos passávamos horas nos desafiando, e não só com Ryu versus Ken, não! Dominávamos também outros lutadores. Eu lembro de ter vencido partidas históricas com o Dhalsim e Zangief. SF2 foi um daqueles títulos que me faziam esquecer de almoçar, tomar café e até de tomar banho; chegava a sentir câimbra no dedo.
Falar de Super Nintendo e esquecer dos jogos de Mario seria heresia, não é? A trupe do bigodudo mandava ver com games de altíssima qualidade. Os desafios multiplayer dos balões em Mario Kart nos divertiam a beça, bem como, as madrugadas adentro descobrindo mundos secretos em Super Mario World. Alguém aqui não se impressionou com a selva chuvosa de Donkey Kong Country? A Nintendo não fazia feio mesmo com seus principais personagens!
Agora, já adulto, percebo que a trindade: SNES, MEGA DRIVE e NEOGEO, foi a responsável pela era dourada dos videogames. Entretanto, ainda muito jovem e inexperiente, acabei sendo hipnotizado pela tecnologia e por novos gráficos em 3D. Este encantamento me fez vender meu Super Nintendo e adquirir um tal de 3DO da Panasonic (32 bits).
Será que o 3DO vingaria no mercado do divertimento eletrônico? Seria eu feliz apostando em uma empresa até então desconhecida no ramo? Estas e outras questões serão respondidas no próximo capítulo desta saga; não percam!
Características marcantes da época: Assoprar o cartucho quando o console não lia o jogo. Jogatinas com os amigos; tenso multiplayer em Street Fighter 2 e Mario Kart. Console War acirrado entre a Nintendo e a SEGA (uma concorrência benéfica que resultou em trabalhos inesquecíveis de ambas as empresas). Aluguel em locadoras (era preciso levantar cedo sábado para conseguir um bom jogo). As locadoras costumavam ter alguns consoles no próprio estabelecimento e cobravam por hora, além de ser possível levar os videogames para casa também a um custo relativamente alto. As sensacionais revistas de videogames que nos faziam sonhar.
Games preferidos deste aparelho:
- Super Street Fighter 2 – The New Challengers
- Street Fighter 2 – The World Warriors
- Super Street Fighter 2 Turbo - Hyper Fighting
- Super Mario Kart
- Star Fox
- Super Mario World
- Super Ghouls'n Ghosts
- F-Zero
- Super Mario All Stars
- Teenage Mutant Ninja Turtles 4 – Turtles in Time
- Donkey Kong Country
- Batman Returns
- Out of this World
- NBA JAM
- Super Adventure Island
- Contra 3 – Aliens Wars
- Gradius 3
- Castlevania IV
(Eu sei que tem muitos outros como Zelda 3, Super Mario World 2, Super Metroid e Chrono Trigger, entretanto, infelizmente, não experimentei estes jogos na época).
Sua experiência com o SNES foi muito diferente da minha?
Não deixe de conferir os outros capítulos da śerie Momentos Inesquecíveis!
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vendi meu master pra comprar meu snes e foi o videogame do meu coração, a biblioteca é vasta demais, tem jogos sensacionais e me diverti ao extremo com minha turma na época.
ResponderExcluiragora, trocar pelo 3do, que vacilo, hein????
@BOND
ResponderExcluirBota vacilo nisso!